Hoje acordei poeta, com medo de sentir dor
Ontem dormi com a alma de artista, criando em sonhos estórias distantes
Hoje sou poeta e grito em silêncio o sentido do meu existir
Essa luta entre o que sou hoje e o que fui ontem
Incita-me a querer a revolução do meu ser
Virar do avesso os meus princípios
Pôr pra fora o que longe de mim continua
Falar as frases que nunca organizei nas idéias
Descobrir as vidas que sigo pelas sombras
Ouvir palavras sem sentido e rir com elas
Abraçar o inimigo
Matar o íntimo
Dormi e sonhei ser gente grande
E hoje acordei esse poeta medroso que corre da vida traçando versos...
Danielle Soares
Porto, 24 de Setembro de 2010
O ser não é senão memória... Não sou somente este corpo que agora escreve,sou a mente pela qual penso,reflito,sinto,sonho e rememoro o meu minuto agora já passado. Dessa forma vou me concretizando no tempo e no espaço...
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O retrato
Espinho - Portugal 07/2010
Há quanto tempo deixamos de pisar as mesmas ruas
Quantos foram os momentos que sozinhos presenciamos
O pôr-do-sol da praia dos prazeres
E quando cansados, quantas foram as vezes que adormecemos colados um ao outro
E quando despertos, perdi as contas de quantos foram os pedidos de permanência...
De quantos "em quantos" tivemos momentos
De momentos em momentos inventamos histórias deliciosas
De memórias em memórias criamos saudades
E quantos "eu" deixei escapar para que eu pudesse te sentir refugiado em mim!?!
Danielle Soares
Porto, 15 de Setembro de 2010
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