No silêncio do quarto
uma chama quase gasta.
Estou eu e ela.
Escuridão amareladada vela pálida.
Observo-a.
Aproximam-se pensamentos
e a vela está a um dedo
de desaparecer.
Venero-a de modo
ainda possessivo,
pois o fim que a espera
é o do prazer de um
dever cumprido.
Vela ardente,
conselheira poética de uma imagem
que não escrevi.
Adormecida,
agradeço à beleza
do seu reflexo em mim...
Danielle Soares
Porto, 31 de Janeiro de 2012