domingo, 11 de março de 2012

LUZ


No silêncio do quarto
uma chama quase gasta.


Estou eu e ela.
Escuridão amarelada
da vela pálida.

Observo-a.
Aproximam-se pensamentos
e a vela está a um dedo
de desaparecer.


Venero-a de modo
ainda possessivo,
pois o fim que a espera
é o do prazer de um
dever cumprido.



Vela ardente,
companheira nas noites frias e
conselheira poética de uma imagem
que não escrevi.


Adormecida,
agradeço à beleza
do seu reflexo em mim...


Danielle Soares

Porto, 31 de Janeiro de 2012