Buscar um sentido, acreditar que há qualquer coisa que nos torna capazes de compreender a nossa existência, com sucessivos acontecimentos e aparições que nos deixam vivos.
Buscar um mais escondido no nosso íntimo, que de tão íntimo parece fugaz.
Dizer que estamos vivos com a graça de uma criança que correndo, saltando e gritando se concebe poderosa como os super-heróis.
Que cada um saiba guiar os seus anseios, disso não guardo receios
Que o mundo está cheio, disso não tenho medo
Que a vida é um total imperfeito, que seja…
Porque nela quero a fantasia mais louca e beijar a boca dos que dizem coisas bobas
E dançar com passos lentos e me embriagar de veneno no meu quarto pequeno
É dois pra lá e dois pra cá me dita a vida…E louca me entrego mais e mais a ela…
E mergulho fundo,
E quando surjo despida ela me pega, me dá um banho de água fria, me coloca a roupa mais bonita me fazendo sentir divina.
E dita a vida:
É dois pra lá e dois pra cá e nela beijo a boca dos que não são meus…
Danielle Soares,
Porto, 23 de Dezembro de 2009
O ser não é senão memória... Não sou somente este corpo que agora escreve,sou a mente pela qual penso,reflito,sinto,sonho e rememoro o meu minuto agora já passado. Dessa forma vou me concretizando no tempo e no espaço...
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
O rastro dos dias
A impressão que tenho é que os dias estão impacientes e passam numa fração de segundos. Eu tento olhar para eles e reconhecê-los, mas eles voam como se nada importasse a minha existência.
Neles eu caminho numa calma que talvez os ofenda e neles me sinto tão pequena...
Acontecimentos acontecem, pessoas se aborrecem e neles nada perece
O bem e o mal se cruzam e conversam como dois velhos amigos
O bem diz ao mal, quão é terrível o interior dos homens
O mal responde: - Coloque-os a prova e compreenderá o quanto é vazio o riso dos seus!
Pobreza, fome e violência. Corpo subnutrido e Espírito reprimível...
Maldade que atravessa a natureza humana de tal modo que já não é possível reconhecer a retidão dos seres.
A luta pela sobrevivência é posta a mesa
A luta de braços deixou de ser uma brincadeira da infância e tomou lugar na minha insônia.
E nas longas horas que passo na escuridão do meu quarto esperando que o sono me assalte, coloco a prova a minha humanidade diante de tanta falta de sentido naquilo que vejo, sinto e ouço nos dias que passam tão velozes...
E ali, naquele silêncio enlouquecedor ofereço-me aos raios que sobraram dos dias como se eles pudessem me retirar desse incômodo pensamento de que os humanos apodrecem...
Danielle Soares
Porto, 17 de Dezembro de 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Desilusão
Que vontade de escrever, dizer ou berrar um PALAVRÃO.
Abri hoje o meu blog com uma vontade tremenda de finalizar um texto que penso nele já há alguns anos, inspirada por essa atmosfera natalícia e por essa constatação de que un ano está indo e outro vindo, ontem dediquei quase todo o meu dia escrevendo e buscando as palavras acertadas para descrever o modo que hoje sinto e vivo o Natal...Mas, talvez os deuses e santos não querem saber das minhas impressões e acharam melhor eu estar na minha e continuar expectante...
Que vontade de abrir esse computador e encontrar o meu texto que tanto estava gostando de cosntruir....Ai que vontade de berrar um PALAVRÃO...Odeio essa sensação de impotência diante dessa tela ... Mas se eu gritar aqui, nessa biblioteca fechada e silenciosa, coitada de mim, farei um papel tão ridículo que dificilmente voltaria a pôr os pés aqui. Imagina, eu soltando um PALAVRÃO bem caprichado, que eu nem sei qual seria, e todas as pessoas me olhando assustadas e admiradas, uns rindo e outros pensando: "Coitada tão nova e já doida!"...Que vontade de rir sozinha...Até acabei esquecendo o motivo pelo qual escrevo essas palavras desajeitadas e revoltadas...
Tudo bem, fica aqui o meu protesto e a minha raiva ... Não sei para quem vai essa revolta e decepção...
Só sei que quero o meu texto porque inspiração como a de ontem...talvez...nunca mais....P...Q...P...
Abri hoje o meu blog com uma vontade tremenda de finalizar um texto que penso nele já há alguns anos, inspirada por essa atmosfera natalícia e por essa constatação de que un ano está indo e outro vindo, ontem dediquei quase todo o meu dia escrevendo e buscando as palavras acertadas para descrever o modo que hoje sinto e vivo o Natal...Mas, talvez os deuses e santos não querem saber das minhas impressões e acharam melhor eu estar na minha e continuar expectante...
Que vontade de abrir esse computador e encontrar o meu texto que tanto estava gostando de cosntruir....Ai que vontade de berrar um PALAVRÃO...Odeio essa sensação de impotência diante dessa tela ... Mas se eu gritar aqui, nessa biblioteca fechada e silenciosa, coitada de mim, farei um papel tão ridículo que dificilmente voltaria a pôr os pés aqui. Imagina, eu soltando um PALAVRÃO bem caprichado, que eu nem sei qual seria, e todas as pessoas me olhando assustadas e admiradas, uns rindo e outros pensando: "Coitada tão nova e já doida!"...Que vontade de rir sozinha...Até acabei esquecendo o motivo pelo qual escrevo essas palavras desajeitadas e revoltadas...
Tudo bem, fica aqui o meu protesto e a minha raiva ... Não sei para quem vai essa revolta e decepção...
Só sei que quero o meu texto porque inspiração como a de ontem...talvez...nunca mais....P...Q...P...
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