quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Quando eu te encontrar



Prender-te-ei em meus abraços
fatigados de esperar.

Quantos serão os desabafos
e os soluços após um trago?

Segredos contados.
Vinho derramado.

Vem, aproxima-te
do canto berrante
do poeta galopante,
vagabundo dissonante.

Sou, meu amor.

Mulher da tez morena,
dos lábios vermelhos,
que esconde no peito
desassossegos.

Envolto ao teu ardor
proclamo os versos
que doam prazer à dor.

Vem ao relento e
espalhando os lençóis,
deixa cantar os rouxinóis.  

Momentos a sós. 

Mulher da tez morena,
diz qual é a graça
em fazer do poeta
este mendigo e sonhador?

Ó meu amor.

Danielle Soares
Porto, 25 de Outubro de 2011

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